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Resumo: Jamaica consegue no disco o ouro que deixou escapar na velocidade, Quincy Hall brilha nos 400 metros

Iniciado por Admin, Agosto 08, 2024, 01:01:01

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A final do lançamento do disco de Paris2024 redundou hoje numa das maiores surpresas dos Jogos Olímpicos, com o ouro a ir para a Jamaica, país muito mais vocacionado para brilhar nas provas de velocidade.

Com um lançamento de 70,00 metros, novo recorde olímpico, Roje Stona é o novo herói do atletismo jamaicano, deixando a três centímetros o recordista mundial, o lituano Mykolas Alekna.

A nível de marcas, destacou-se a incrível vitória do norte-americano Quincy Hall nos 400 metros, com excecionais 43,40 a valerem o ouro, numa corrida em que também caiu o recorde da Europa.

De manhã, na estreia olímpica da estafeta mista de marcha, em distância total equivalente à maratona, confirmaram-se os melhores das provas de 20 km marcha, com a Espanha a ser a primeira campeã da especialidade.

O marroquino Soufiane el Bakkali conservou o título nos 3.000 metros obstáculos e a australiana Nina Kennedy chegou finalmente ao ouro no salto com vara, num dia em que o norueguês Jakob Ingerbtigtsen voltou à pista, depois da grande deceção nos 1.500 metros, para um fácil apuramento nos 5.000 metros.

Noah Lyles e Kenny Bednarek, ambos dos Estados Unidos, também regressaram para umas semifinais dos 200 metros sem forçar a nota, a mostrar excelente forma.

Não há como dizer de outra maneira: Stona, de 25 anos, era uma aposta mais que improvável, chegando a Paris sem qualquer registo de top-8 em competições de nível mundial.

O quase desconhecido superou por três centímetros aquele que parecia o campeão anunciado, Alekna, de 21 anos apenas, mas já recordista mundial, com 74,35.

O bronze foi para o australiano Mathew Denny, com 69,31, e a grande desilusão acabou por ser Alex Rose, de Samoa, segundo melhor do ano, mas aqui apenas 12.º e último na final.

Quincy Hall, dos Estados Unidos, ganhou os 400 metros graças a uma ponta final "demolidora", "roubando" o que parecia ser quase certo triunfo de Matthew Hudson-Smith, da Grã-Bretanha.

O britânico melhora o seu recorde da Europa para 43,44 segundos e para o terceiro lugar Muzala Sanukonga faz recorde da Zâmbia, com 43,74.

Nina Kennedy, que há um ano partilhou a medalha de ouro nos Mundiais, desta vez será a única subir todos os degraus do pódio do salto com vara, depois de só ela passar os 4,90 metros.

A norte-americana Katie Moon, a co-campeã mundial, parou nos 4,85, tal como a canadiana Alysha Newman, que fica com o bronze por ter pior série de saltos.

Na "mais queniana" das provas, os obstáculos, o marroquino Soufiane El Bakkali conservou o título olímpico, em ritmo "relativamente lento", com 8.06,05 minutos.

Kenneth Rooks, dos Estados Unidos, foi segundo (8.06,41) e o queniano Abraham Kibiwot terceiro (8.06.47)

A corrida foi marcada pela queda violenta do recordista mundial, o etíope Lamecha Girma, no penúltimo obstáculo, a 200 metros do fim. Não se reergueu e teve de ser retirado em maca.

De manhã, a Espanha ficou com a medalha de ouro na estreante prova de estafeta mista de marcha, alinhando com Álvaro Martín, medalhado de bronze nos 20 km masculinos, e Maria Pérez, a vice-campeã dos 20 km femininos.

Os espanhóis cumpriram a prova em 2:50.31 horas, secundados pelos equatorianos Brian Daniel Pintado (o campeão dos 20 km masculinos) e Glenda Morejón, prata em 2:51.22, e os australianos Rhydian Cowley e Jemina Montag, bronze em 2:51.38.

A nível de qualificações, nota ainda para a simplicidade com que o português Pedro Pichardo assegurou a passagem à final, com um salto apenas. O luso-cubano, campeão olímpico, saltou 17,44´emtros, mais 20 centímetros que Jordan Díaz, campeão da Europa e igualmente natural de Cuba.